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Afro-Cena emociona público na Penitenciária Feminina Madre Pelletier

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O auditório da PFMP sediou a peça da Cia Afro-Cena que comoveu o público - Foto: Neiva Motta

“Um Sorriso Negro”, que comoveu o público e atores, é o nome do espetáculo da Companhia de teatro Afro-Cena que foi apresentado na última sexta-feira, no auditório da Penitenciária Feminina Madre Pelletier (PFMP). O evento foi promovido pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), por meio do Departamento de Tratamento Penal (DTP) e PFMP.

Para o superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben, a promoção de ações culturais dentro dos presídios está dentro da política de humanização da instituição. Mais de 50 apenadas faziam coro nas performances musicais dos atores, que cantaram músicas de Gonzaguinha e Sandra de Sá. Para Ivarlete Guimarães de França, diretora do DTP, a apresentação teve passagens de grandes emoções para todos. “Abordou o preconceito racial de forma direta e real. Impossível não se emocionar”, enfatiza.

Lei da Igualdade Racial

 O ator e diretor do Afro-Cena, Sérgio Rosa, disse que a peça foi idealizada para garantir os direitos preconizados na Lei nº 10.639/2003-Igualdade Racial. “O objetivo é lembrar os gestores da Educação que agora temos uma Lei que designa a inclusão da história da cultura negra e africana no currículo escolar”. Segue o diretor, “A raça negra sempre teve história retratada de forma submissa aos interesses dos brancos, e temos muita história de lutas e conquistas para  mostrar”. Para a atriz, Edilene Deleon, “É necessário resgatar  a história da nossa cultura com dignidade e orgulho”. Enfatiza ainda que a falta da cultura como referência pode interferir negativamente na  formação dos cidadãos. 

A atriz, no fim da apresentação, ao agradecer os espectadores, foi às lágrimas.  “Nunca havia encenado para apenadas. Foi emocionante vê-las participando junto com seus filhos”. A peça, que durou quase duas horas, contou também com a exibição de um vídeo com depoimentos de vários artistas sobre o  preconceito racial. O espetáculo não tem censura de idade. Por onde é exibida, a peça é acessível a todos que se interessam pela promoção da importância da cultura negra e africana.

Um Sorriso Negro

A história conta os conflitos familiares de um pai, um rico empresário, que ignora todas as suas raízes e não dá atenção aos projetos de inclusão social do filho, um jovem ativista de movimentos sociais. Até que um dia, o filho o convence a assistir a um vídeo que promete mudar sua forma de pensar.

 Texto: Neiva Motta
Assessoria de Comunicação da Susepe

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